sábado, 5 de junho de 2010

Das escolhas e do respeito.

Sempre fui a favor do parto natural (que antes conhecíamos como parto normal), do aleitamento com livre demanda, do carinho, do colo, do amor sem limites e da educação.

Durante a gestação comecei a me preparar da melhor maneira para um parto natural, fazia caminhadas deliciosas na praia, hidroginástica, pegava sol. Me preocupava com o bem estar do meu filhote me recuso a chamá-lo de ‘feto’, sorry colocava músicas gostosas para ele ouvir, procurava não me irritar, relaxava e nunquinha vi meus filmes tensos de terror que sempre adorei.

Sempre pensei e continuo pensando que o dia em que decidisse ter um filho meu mundo seria para ele, por ele. Faria tudo pelo seu bem estar, da melhor maneira possível.

Mais próximo do final da gestação, em uma conversa com a obstetra, observamos um risco para o bebê. Tenho epilepsia e quando sinto muita dor, mesmo medicada, perco o controle e corro risco de uma crise. Com isso eu poderia perder os sentidos e seria arriscado para meu filho: eu não admito!

Optamos então pela cesária. PAUSA: Gostaria de salientar que a indicação pela cesária não foi por fins lucrativos já que optei por fazer o parto com a plantonista e não com a obstetra que me acompanhou devido a questões financeiras.

Durante alguns dias chorei por causa disso, de certa forma me senti ‘menos mulher’ e da maneira que eu via as coisas isso parecia afastar-me um pouco do meu filho.

Achei estranho ter dia e hora marcados para um nascimento, entendi isso como uma coisa um tanto injusta, acho que ele deveria vir ao mundo na hora que ele escolhesse e não no horário que agendaram para isso.

Mas seria imprudência minha fazer diferente e porque ‘eu quero um parto natural’ permitir a existência de algum perigo para ele.

Fizemos então o parto agendado, tudo programadinho e ele veio ao mundo maravilhoso com APGAR 10 e rodeado de amor, muito amor.

Ele tem sim um quarto decorado, com paredes pintadinhas e tudo combinando. Ele até dorme na sua caminha desde o primeiro mês, não porque sou uma mãe desnaturada que acho que ele tem que se virar sozinho, mas porque acho arriscadíssimo um bebê entre seus pais na cama.

Sobre o bico (chupeta) ele não chupa porque não quis, eu ofereci. Também não vejo nenhum problema. Ofereci só depois de um mês quando ele já mamava bastante por questão de segurança, e porque às vezes eu precisava comer ou ir ao banheiro e ele nunca, nunquinha largava a teta. O que? Sou um monstro??? Ah... pára!

Sou a favor do colo, dou muito muito mamá e muitíssimo carinho.

Sobre a amamentação gostaria de salientar que entendo que em muitos casos (o meu caso) dói muito (olha, tenho piercings e tattoos e nada doeu assim) mas que não se deve desistir jamais! É benéfico para o bebê e para a mãe, nos aproxima muito e é maravilhoso. A dor passa rápido e depois é só alegria!

Não uso sling porque não me adaptei, uso o carrinho e percebo que ele adora esticar seus bracinhos e ter espaço. Quando cansa, dou um colinho!

Iniciei alimentação quando ele fez 5 meses (no ultimo dia 28) não por vontade própria mas porque sou um ser normal que trabalha e preciso que ele consiga se alimentar quando eu for trabalhar. O que tem de monstruoso nisso?

Sou muito a favor das mudanças que tem sido feitas na educação dos pequenos e percebo que na grande maioria são maravilhosas, mas sou contra o radicalismo.

É indiscutível que dou ao meu filho todo o amor deste mundo e que cuido dele como jamais ninguém o faria e acredito que a grande maioria das mães faz também o melhor, eu e esta grande maioria não achamos bacana ser taxadas de ‘erradas’ por pessoas que declaradamente não estão sequer dispostas a prestar a atenção em outro ponto de vista.

Caberia aqui uma pincelada no assunto ‘palmadinha’ mas vou deixar para outro post, já que o assunto é polêmico e complicadíssimo, mas já deixo claro que sou contra surras e a favor dos limites.

Pronto, falei.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Com estrelinhas em volta!

Já falei aqui dos super poderes de mãe, e estou achando incrível minha capacidade de desenvolvê-los!

Tem coisas que a gente lembra com uma saudade que nos faz ter vontade de encolher de quando éramos crianças. Uma delas é dormir (ou quando já era maiorzinha fingir dormir) só para, como mágica, ir parar na cama aconchegada nas cobertas. Que delícia!

E como é que a mãe conseguia nos fazer levitar, trocar de roupa e ficar ali bem gostosinho sem que percebêssemos nadica?! Poderes de mãe! Há!

Ontem saímos para jantar e já levamos o pequeno com seu bainho tomado porque sabíamos que o horário da volta seria por demais para ele. Certeiro! Ele adormeceu lá mesmo no meio da bagunça.

Com ele assim daquele jeitinho mega fofo que dá vontade de esmagar, tirei do carrinho, coloquei na cadeirinha do carro (tendo que obviamente sair para a rua e enfrentar mudança de temperatura, bem bonitinho como manda o figurino enroladinho na sua coberta deliciosa), cobri de novo com a cobertinha e fomos para a casa. Chegando... tira do carro, tira da cadeirinha – cintos de segurança e tals – tira tênis e calça jeans óóó de tênis e calça jeans coisa mais linda do mundo!!! E coloca na cama. Tudo devidamente beijadinho e acarinhadinho porque eu não sou de ferro! Que coisa mais gostosa!

Tive certeza de que em menos de cinco minutinhos ele acordaria... que nada! Seguiu direto até as seis da manhã!

Um encanto!

Super mega power mãe boba master ativaaaaarrr!!!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Hormônios destrambelhados

Estava aqui eu futricando na vida alheia imagina quase não faço isso e lendo um post da Carol que me lembrou de um assunto que eu ainda não tinha falado aqui. E se falei falo de novo, porque como já disse cabeça de mãe é um problema. Sofre de apagões inexplicáveis!

O assunto são os hormônios e tudo que pintam sobre eles no durante e pós gestação. Se bem que nós mulheres seres estranhos somos dominadas por essa coisa a vida inteira. E até pena por assassinado pode diminuir se ficar provado que se devia a uma alteração hormonal, TPM por exemplo (não sabiam, pois é verdade!)

Daí me alertaram sobre o que poderia acontecer durante a gravidez. Coisas do tipo: você pode sentir vontade de chorar de repente e sem motivos ou se emocionar sem razão - ahá então estive grávida a vida toda e não sabia... nenhuma novidade e NÃO eu não sou bipolar, sou só mulher, oras! E mulher grávida gosta muito DAQUILO. Aquilo sabe, sabe né?! Ou vai me dizer que mulher grávida além de redonda vira uma entidade iluminada que não pode fazer AQUILO?! E isso é verdade mesmo. Ai gente, que é que eu vou fazer... como já disse mãe também é gente e também dá e também sente este tipo de vontade.

Não tive vontade de matar ninguém, não odiei meu marido nem nada de muitíssimo estranho. Mas, admito, muitas vezes me aproveitei da situação... (‘óbeveooo’)

Daí depois disseram que a depressão pós parto acontece mesmo com mães que desejam muito seus filhos – imagina, eu nem achava todo mês que estava grávida... nem chorava quando descobria que não estava – mas meu cérebro sempre achou isso uma hipótese muitíssimo absurda e graças a Deus não tive essa coisa terrível. Sofro é de GPP (grude pós parto) até hoje e a tal depressão só aparece quando alguém fala que vou ter que ficar longe do filhote por algum motivo.

E a obstetra fez questão de dizer para meu marido com detalhes técnicos que me deram vontade de cavar um buraco no meio do consultório para enfiar minha cabeça que logo após o parto (logo após o caramba porque ela falou em uns seis meses mais ou menos) eu não teria vontade DAQUILO. (aquele aquilo, saca?!) Tinha que ver a cara do pobre olhando para a médica... e eu senti aquele vermelhão subindo até a zoreia.

‘Lamento’ informar, mas isso também não funcionou comigo. (Há!) Claro que cada caso é um caso, mas não tem cansaço que me derrube! (are baba! – nossa ainda to no tempo do are baba, é que não vejo novelas sabe.)

Em suma, não enjoei, não tive graves problemas hormonais, não apareceram estrias (bem pouquinho do lado de dentro das coxas, duvido alguém reparar aí né!), já emagreci tudo (agora só falta deixar durinho) e virei uma tarada minha vida está quase normal. Ta bom, forcei muitooo no QUASE mas está tudo bem, obrigada.


Falando nisso...

Vale a pena dar uma olhadinha nesta postagem de Sam Shiraishi que fala de sexo depois de filhos.