quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Os bichanos da casa e um bebê

Aí está uma polêmica! Há quem diga que tenho que me livrar do gato agora, já que temos um bebê a caminho. Nunca concordei com isso, mas é claro, se realmente fosse necessário o faria. Não me lembro de algum dia na minha existência estar em uma casa que não tivesse gatos... e não tenho nenhum problema de saúde por causa disso. Pelo contrário, tenho uma relação incrível com estes bichanos tão incompreendidos. Tanta gente os difamando e dizendo que são temperamentais ou que indignos de confiança, eu nunca vi nada disso. Eles, como todo mundo, só não gostam de ser agredidos ou perturbados e tem personalidade. Admiro isso nos gatos! Sem essa de apanhar e vir abanando o rabinho depois, eles ficam bravos e reservam-se, até nos dando olhadas de ‘cara feia’.
Basta que saibamos intermediar esta relação e deixar claro os limites. Em qualquer relação deve existir respeito, não é diferente com bebês e gatos. E não falo somente dos gatos, não vamos excluir nossos amigos caninos. Quem não se diverte com os bichanos? E porque eu deveria privar meu filhote desta convivência tão agradável?
De jeito nenhum!
Estou lendo um livro, meio que um manual de educação de filhos e adorei o capitulo que fala especialmente deste assunto.
“Sobre a alergia a animais, que é sempre muito comentada, há estudos que mostram que, quando já existia animal em casa antes do nascimento da criança, é muito menor a chance de se desenvolver alergia.” – Dr. Augusto.
Não sou eu quem está dizendo, é um médico! Mas eu já sabia...
Claro que tem ficar definido que cada um tem a sua comida e a sua cama, afinal nem tudo é permitido. (Mas qual a criança que nunca petiscou uma ração?! – hahaha...) Que todos podem conviver muitíssimo bem, disso eu tenho certeza.
Sou a favor da sujeirice de vez em quando, de brincar na areia, de afofar o cachorro... essas coisas são tão boas! E educam sim, se não nós até hoje não saberíamos comer sozinhos!


Na foto: Eu e o Chumbinho.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Cuidados

Sigo há uns dezessete dias em casa, afastada do universo por prevenção da Gripe A. Não posso dizer que ‘ai como é ruim ficar em casa’, não é esse o caso... mas é muito diferente de férias, onde se pode planejar alguma coisa bem legal para fazer.
Numa situação assim fica praticamente impossível não ficar bastante neurótica e porque não dizer (perdoem-me a expressão) cagalhona.
Nestes dias permito-me apenas ir na casa do pai e da Dinda que é logo aqui em frente, numa situação única fui ao shopping porque precisava fazer compras no supermercado, mas admito que olhava temerosa para todos os lados. Numa outra visita à mesma ‘loja de itens emergenciais’ vi algumas pessoas usando máscaras e isso me fez lembrar o medo, e apertar o passo.
Então fico assim, dias dentro de casa organizando gavetas, limpando o chão, lavando roupas (na máquina, claro, porque já se aboliu a escravidão) e descobrindo habilidades culinárias. Agora sempre tem um ranguinho pronto e tudo está em seu devido lugar. Ta bonitinho de se ver.
Não posso negar que gosto muito de estar em casa, mas tem momentos que sinto falta de ver pessoas, de conversar e rir com o pessoal do trabalho, não do trabalho em si. (Lamento, sei que dói, mas estou aqui para dizer a verdade...)
Descobri nesses dias que a fase de gostar de dormir até tarde passou, e que ficar demais na cama faz os dias encurtarem, então logo cedo já estou de pé, nem que seja para ficar mais tempo sem fazer ‘nada’. Se bem que ficar sem fazer nada anda meio raro. Sempre tem alguma coisa esperando e quando não tem o computador resolve a questão. Decidi estudar e aprender coisas que gosto de fazer e que de lambuja pode render uma grana, então estou nesta missão, que não está nada fácil, mas eu ei de conseguir.
Mais uma descoberta: eu gosto de caminhar e de ir às aulas de hidroginástica. Nossa, me sinto muito bem ao fazer isto, principalmente quando vou na parte da manhã. Semana passada a cena merecia ter sido gravada: peguei a moto (que nunca mais tinha pilotado para evitar qualquer risco) e fui. A hidro é bem pertinho de casa, então é tranqüilo. Gente, o dia estava gelado e mesmo assim fui com a viseira do capacete aberta só para sentir o vento no rosto. A boca lá nas orelhas, bem feliz da vida. Parecia criança com brinquedo novo! Ai que saudades que eu estava de pilotar aquela pequena!
Muito gostoso mesmo...
No mais é isso, estaria tudo perfeito não fosse o medo de ver gente. De uns dois dias prá cá ainda me deu uma saudade doida de Porto Alegre, vontade de passear um pouco e de ver a mamy e o mano.
Se ao menos os dias tivessem sol eu poderia dar uma caminhada na praia para tirar o ‘mofo’...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

FELIZ DIA DOS PAIS

Não sei dizer o que ele sentiu ao escutar ‘feliz dia dos pais’ pela primeira vez. Mas sei o que eu senti...
Como tudo agora, este dia também foi diferente. Ao acordar disse para aquele carinha, aquele surfista gatinho lá de Porto Alegre: -“Feliz dia dos pais!”
Ele sorriu e eu fiquei com uma cara meio boba olhando prá ele e pensando: nossa, ele agora é pai! Assim de repente... que coisa doida...
Palavra bonita essa: PAI. Mas tem um peso enorme nessas três letrinhas.
Claro que saber que daqui a pouco tempo terá mais uma pessoinha na casa, na nossa vida prá vida toda é uma coisa que assusta um pouquinho, mas admito que ter esse cara especial do lado torna as coisas bem mais simples. É maravilhoso saber que ele quer muito, que está disposto, que sabe que não será fácil e ainda assim está achando muito bom.
Isso me dá segurança, me faz ficar tranqüila e feliz demais. E já que está provado que o bebê sente quase tudo - ou tudo - que a mãe sente, posso dizer com certeza que faz bem prá nós dois.
Sei que ele será um pai parceirásso e continuará sendo um maridão show.
O meu presente foi um par de pantufas, porque todo pai tem que usar pantufas!
Mas o Angelo deu um presente melhor: dois ‘chutinhos’ prá ele. Desta vez ele pode sentir, não passei por mentirosa....

domingo, 2 de agosto de 2009

Tirando onda

Acompanho um site que explica o que acontece com o bebê semana a semana. Daí descobri que ele já é capaz de fazer caretas e abrir a boca.
Acontece que, como não poderia deixar de ser, fico horas com a mão na barriga para ver se sinto ele mexer. E sinto claro, depois de muuuito tempo esperando.
Daí fico toda contente e chamo o ‘pai’ prá colocar a mão e sentir também. Nessa hora ele brinca de estátua. Sempre! Acho que ele está se divertindo às custas da sua mãe. Deve ficar lá dentro assim: “Vou dar uns chutes e uma cotoveladas prá mãe chamar o pai, daí eu paro e deixo ela com cara de boba.”
Será que ele já sabe rir de mim? Acho que sabe, porque faz sempre a mesma coisa esse danadinho!
E lá fico eu: “Mas amor, ele estava mexendo sim! Bastante!”
E ele com aquela cara meio desacreditada me olhando.