sexta-feira, 29 de maio de 2009

Um pouco sobre mim.

Bueno, parece fácil falar da gente mas confesso que levei alguns minutos para digitar a primeira letra.
Antes (bem antes) eu estava determinada a ser solteira para todo o sempre, ter uma moto gigantesca, usar roupas de couro e balançar o cabelão quando tirasse o capacete naquela paradinha cinematográfica com um salto muito alto encostando no chão.
Depois eu decidi que além disso tudo eu moraria num apartamento muito louco, escutaria musica sempre muito alto, teria inúmeros amigos baladeiros e sairia todo final de semana. Teria também uma banda e seria a melhor cantora de todos os tempos.
Daí eu comecei a crescer. E lá vieram outros planos. Desta vez eu seria professora, e este não durou muito tempo, logo mudei de idéia, apesar de ter me formado no magistério.
Me encontrei: vou ser atriz! Já morando em Florianópolis e sabendo o valor do dinheiro, a grande atriz tinha que trabalhar de caixa de salão de beleza enquanto não era encontrada por um caça talentos da Globo.
Nesse tempo já sabia que a moto gigantesca custava muito caro e o sapato tão alto era muitíssimo desconfortável. O cabelão também não era possível, uma vez que quem trabalha em salão não fica longe das tesouras nervosas nem com muita força de vontade.
O teatro até que durou algum tempo e foi mesmo fabuloso, mas nunca ganhei com ele mais do que alguns jantares e cachês que pagavam o transporte.
Claro que a esta altura também já tinha mudado de idéia sobre o ‘ser solteira para sempre’, e já tinha tentado acreditar no amor algumas vezes, sem sucesso.
Ao final de mais uma tentativa frustrada vi que era bem capaz sim de ficar solteiríssima e ser feliz mesmo assim.
Depois disso até virei motoqueira, não com o motão dos sonhos, mas do tamanho que eu precisava e podia pagar. E andar de moto é mesmo delicioso mesmo ela sendo de ‘guriazinha’.
Quando estava tudo tranqüilo e sereno me aparece do nada um surfista de Porto Alegre, cheio de conversinhas bonitinhas e um sorriso que me ‘me fez cair os butiá do bolso’.
Mas não consegui acreditar muito naquele cara que era doido por mar e natureza e morava na cinza (e tão amada) Porto Alegre. – esqueci de dizer, mas eu vim de lá e sou doida por aquele lugar.
Pois ele disse que iria cuidar de nós, que viria prá cá e mais um monte de coisas que meus ouvidos adoraram escutar. Não dei créditos mas me fez bem ouvir. Fez melhor ainda quando ele conseguiu contrariar tudo o que me parecia tão óbvio e veio mesmo. E cumpriu o que prometeu.
Depois disso a ‘motoqueira de cabelão enorme e baladeira’ casou na igreja, vestida de noiva! Nunca cantei em nenhuma banda e por motivos que o destino explica o teatro foi parando e agora é só uma lembrança muito boa.
E prá provar que a gente não se conhece mesmo (a gente que eu digo é todo mundo), não precisou de muito tempo para aparecer uma vontade, instinto, desejo, enfim eu não sei que nome tem isso mas o fato é que eu queria ser mãe.
Eu??? Mãe???
Não, não... espera essa vontade passar que deve ser só um surto!
Providenciamos plano de saúde, então consultas, exames e a médica disse: “Está tudo certo! Estão liberados!”
“Capaaaaaaaaz?!?! Mas tudo bem, isso ai demorar muuuuuuito tempo prá acontecer mesmo, nem vou me preocupar.”
Não sei exatamente, mas foram mais ou menos uns seis meses e, pela terceira vez pensei que pudesse estar grávida. “Bobagem, isso já tinha acontecido antes! Vou fazer o exame só porque depois disso eu relaxo e tudo se normaliza.”
Fiz o tal exame, e isso conto no primeiro post.
Eis que agora moro na praia, numa casa como a de todo mundo, sou casada, tenho um gato, uma motinho, e de repente... SOU MÃE TAMBÉM!
A vida é engraçada mesmo... eu que queria ser tão diferente estou tão feliz sendo assim ‘normal’...

2 comentários:

  1. vidinha tdo d bom!!
    e d normal tu não tem nada,babe!!
    vamos mostrar tdo d bom q esse mundo tem pro baby!!
    beijocas querida

    ResponderExcluir
  2. amiiiga
    tua vidinha de normal tem é nada!!
    te adooooro!!
    beijocas

    ResponderExcluir