sábado, 30 de maio de 2009

-"Eu quero!" -"Tá bom, amor..."

Acho que tive meu primeiro desejo. Na verdade não consegui desvendar se foi desejo ou vontade, mas desta vez deve ter sido desejo.
Não sei se vi na TV alguma mensagem subliminar, ou se sonhei, mas o fato é que em pleno friozinho de maio me deu uma vontade absurda de comer um picolé. Não simples assim ‘um picolé’, tinha que ser ‘o’ picolé! Tinha que ser o Magnun – aquele da Nestlé, bem gorducho - branco por dentro com aquela casquinha de chocolate generosa e muito crocante...
Mas por ser uma assim coisa boa, um doce, eu achei que era só mesmo uma vontade e que ia passar rapidinho. Só que a tal não passava, e não passava... Quase meia noite e eu levando a sério a idéia de sair prá buscar o geladinho. “Não! Isso é frescura minha, vai passar.”
E passou? De jeito nenhum!
Poxa, e se eu tenho o direito de ter desejos e se eles de repente soam como ordens porque me esforçar tanto prá que passe? Não preciso facilitar as coisas a tal ponto.
Eis que no dia seguinte surge minha chance de ouro de fazer um charminho e tornar explicito meu ‘desejo’.
E surge em minhas mãos aquela formosura! Acho que nunca comi um picolé assim tão rápido...
HHHHHUUUUUUUUUUUUUUUUUMMMMMMMM.... que coisa mais deliciosa!
Engraçado que, com três pessoas em volta, ninguém ousou pedir um pedacinho. Será que tiveram medo que lhes saísse uma espinha na ponta do nariz ou uma verruga em algum lugar?!
Comi o doce sem nenhuma culpa e no meu momento ‘estrelinha’.
Sabe de uma coisa, "tava" bem bom! ...
:-D

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Esse tal Blog...

Maravilhoso!!! Estou felizmente surpresa com o número de mamães babonas que escrevem muito sobre suas experiências na gestação, com os filhotes e com todo o resto do mundo que continua existindo apesar de parecer menor depois disso...
Confesso que me sentia um tanto desconfortável escrevendo coisas tão pessoais em uma página que nem sabia se um dia alguém visitaria. Também não sabia usar os recursos direito (ainda não sou éxpert, mas até que ta ficando ajeitadinho), via que meu blog estava tão sem graça que quase desanimei. Aí comecei a futricar na rede e ver os outros blogs,
e a quantidade de amizade que se faz aqui,
e a quantidade de coisas que se aprende,
e a quantidade de horas que eu fico lendo e dando muita risada com as histórias dos outros, histórias essas que me fazem perceber que muitas daquelas coisas que ‘só acontecem comigo’ sucedem com todo mundo!
Primeiramente estava aqui só para escrever e dividir com os outros essas novidades, mas que nada! Quero fazer amizades também e aproveitar para aprender um monte de coisas, já que no quesito mãe eu não tenho a menor experiência.
Acho que sou a única mulher com 28 anos de idade que nunca na vida trocou uma fralda... agora vou ter uma mini-pessoa só minha (e do papai, claro) prá poder brincar de fazer isso...
Então, sejam todos bem-vindos!
E fiquem a vontade!

Um pouco sobre mim.

Bueno, parece fácil falar da gente mas confesso que levei alguns minutos para digitar a primeira letra.
Antes (bem antes) eu estava determinada a ser solteira para todo o sempre, ter uma moto gigantesca, usar roupas de couro e balançar o cabelão quando tirasse o capacete naquela paradinha cinematográfica com um salto muito alto encostando no chão.
Depois eu decidi que além disso tudo eu moraria num apartamento muito louco, escutaria musica sempre muito alto, teria inúmeros amigos baladeiros e sairia todo final de semana. Teria também uma banda e seria a melhor cantora de todos os tempos.
Daí eu comecei a crescer. E lá vieram outros planos. Desta vez eu seria professora, e este não durou muito tempo, logo mudei de idéia, apesar de ter me formado no magistério.
Me encontrei: vou ser atriz! Já morando em Florianópolis e sabendo o valor do dinheiro, a grande atriz tinha que trabalhar de caixa de salão de beleza enquanto não era encontrada por um caça talentos da Globo.
Nesse tempo já sabia que a moto gigantesca custava muito caro e o sapato tão alto era muitíssimo desconfortável. O cabelão também não era possível, uma vez que quem trabalha em salão não fica longe das tesouras nervosas nem com muita força de vontade.
O teatro até que durou algum tempo e foi mesmo fabuloso, mas nunca ganhei com ele mais do que alguns jantares e cachês que pagavam o transporte.
Claro que a esta altura também já tinha mudado de idéia sobre o ‘ser solteira para sempre’, e já tinha tentado acreditar no amor algumas vezes, sem sucesso.
Ao final de mais uma tentativa frustrada vi que era bem capaz sim de ficar solteiríssima e ser feliz mesmo assim.
Depois disso até virei motoqueira, não com o motão dos sonhos, mas do tamanho que eu precisava e podia pagar. E andar de moto é mesmo delicioso mesmo ela sendo de ‘guriazinha’.
Quando estava tudo tranqüilo e sereno me aparece do nada um surfista de Porto Alegre, cheio de conversinhas bonitinhas e um sorriso que me ‘me fez cair os butiá do bolso’.
Mas não consegui acreditar muito naquele cara que era doido por mar e natureza e morava na cinza (e tão amada) Porto Alegre. – esqueci de dizer, mas eu vim de lá e sou doida por aquele lugar.
Pois ele disse que iria cuidar de nós, que viria prá cá e mais um monte de coisas que meus ouvidos adoraram escutar. Não dei créditos mas me fez bem ouvir. Fez melhor ainda quando ele conseguiu contrariar tudo o que me parecia tão óbvio e veio mesmo. E cumpriu o que prometeu.
Depois disso a ‘motoqueira de cabelão enorme e baladeira’ casou na igreja, vestida de noiva! Nunca cantei em nenhuma banda e por motivos que o destino explica o teatro foi parando e agora é só uma lembrança muito boa.
E prá provar que a gente não se conhece mesmo (a gente que eu digo é todo mundo), não precisou de muito tempo para aparecer uma vontade, instinto, desejo, enfim eu não sei que nome tem isso mas o fato é que eu queria ser mãe.
Eu??? Mãe???
Não, não... espera essa vontade passar que deve ser só um surto!
Providenciamos plano de saúde, então consultas, exames e a médica disse: “Está tudo certo! Estão liberados!”
“Capaaaaaaaaz?!?! Mas tudo bem, isso ai demorar muuuuuuito tempo prá acontecer mesmo, nem vou me preocupar.”
Não sei exatamente, mas foram mais ou menos uns seis meses e, pela terceira vez pensei que pudesse estar grávida. “Bobagem, isso já tinha acontecido antes! Vou fazer o exame só porque depois disso eu relaxo e tudo se normaliza.”
Fiz o tal exame, e isso conto no primeiro post.
Eis que agora moro na praia, numa casa como a de todo mundo, sou casada, tenho um gato, uma motinho, e de repente... SOU MÃE TAMBÉM!
A vida é engraçada mesmo... eu que queria ser tão diferente estou tão feliz sendo assim ‘normal’...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Sensível ou maluca?

Hoje acho que tive um sintoma esquisito de grávida. Sim, porque ou se justifica assim ou essa coisa de “ter alguém dentro da minha barriga” ta mesmo me deixando doidona. Acordei sem querer levantar e com uma vontade de chorar que nem sabia porque. O Sávio (no caso meu marido e agora pai), que já não sabe mais o que fazer para me agradar vem me dar uma abraço todo cheio de carinhos e eu logo largo essa: “Tu vai me achar feia depois!” E já ementei no comentário um beiço enorme e me agarrei nele.
O coitado teve até que rir, sem saber direito o que fazer e começou com aquelas frases infalíveis do tipo: “Isso não tem como! É impossível! Tu é linda!”
Mas nada adiantaria, eu estava injuriada de pelo segundo ou terceiro dia seguido acordar com uma dor nos peitos enorme e a sensação de que eles estão gigantes! Mal conseguia me mexer, tudo fazia doer.
Neste abraço emburrado disfarcei duas lagriminhas que caíram sem controle e logo consegui me desprender desta sensação ruim que acordou comigo. Mas não por muito tempo.
Saímos para uma caminhada que estava muito boa. Nada como passar por casas lindas, uma praça maravilhosa e rir do cachorro, que foi junto. O Banzé é uma figura...
Passamos no supermercado para comprar coisinhas para fazer o almoço, e o dedicado marido sempre perguntando se eu queria mais alguma coisa.
Tudo certo, fomos prá casa preparar a comida. Eu só deveria me preocupar em fazer o feijão já que as outras coisas ele fez questão de preparar. Maravilha!
Antes de todo o resto o feijão estava no fogo. E antes do feijão ficar pronto ele preparou toda a comida. Minha barriga já estava roncando e, como o tal feijão não parecia comestível nunca acabamos por deixar de lado a única coisa que eu deveria ter feito e comer o resto.
Acontece que, só Deus sabe por que, eu não tenho mais conseguido comer. Não é enjôo, simplesmente minha fome acaba depois de duas ou três garfadas. Depois disso eu tento comer e chega a me dar arrepios.
E assim foi, mais uma vez. Mas eu não queria falar, isso parecia desculpa esfarrapada já que a comida era toda natureba - de repente ele pensaria que é porque eu estava com vontade de comer alguma besteira. Tentei não pensar nisso e comer ao menos o que havia servido. E não teve jeito. É claro que ele percebeu e quando fui falar o que se passava senti o nó na garganta. –“Ai meu deus! Eu vou chorar de novo!!! Nãããooo!!! Ele vai pensar que estou doida!!!”
Mais uma vez ele conseguiu sorrir, me dar um beijo e dizer que tudo bem.
Mas eu fiquei me sentindo bem esquisita, prá mim não ficou tudo tão bem assim.
Ainda bem que de tarde faltou luz e como ele tinha ido trabalhar logo depois do almoço, eu dormi bastante. Porque hoje, definitivamente, as coisas estão estranhas prá mim.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Pensa, pensa...

Já não presto atenção em programas de TV nem consigo terminar qualquer leitura sem pensar em carrinhos, bercinhos, decoração, fraldas, roupinhas e mais um monte de coisas desse tipo.
Penso em como fazer, em como será o quartinho, no cheirinho, no rostinho, nos cabelinhos.
Será que vou conseguir deixar dormir sozinho(a) no quarto como deve ser?
Me preocupo em proteger de mosquitos, quero telas em tudo.
Me preocupo com o frio, com os banhos, em dar mamá. Será que é muito difícil dar banho? Será que dói quando o bebê mama? Deve ser bom, afinal todas a mães dizem que é.
Passam tantas coisas na minha cabeça que não consigo enumerá-las.
Preocupação com a saúde, com educação, com as coisas boas que quero ensinar, com a família, com o que ele ou ela vai enxergar quando olhar pro pai e prá mãe.
De repente uma outra vida vai depender de mim. E daquele “guri de Porto Alegre” que eu pensava que nunca ia querer nada sério comigo.
De repente somos pai e mãe. E temos que estar unidos, e temos que ser fortes e companheiros. Temos que ter paciência e, de preferência, fazer as coisas certas.
E eu que achava que nada poderia me deixar mais preocupada que a prova de matemática na segunda-feira...

terça-feira, 26 de maio de 2009

Cuidados

Quantos cuidados! O café da manhã, que é servido na cama, vem colorido com iogurte e frutinhas; fazemos caminhadas; têm vegetais na comida, e carinho... muito carinho!
Não que antes não tivesse isso tudo, mas agora parece que recebo tudo por dois, literalmente.
E quem não gosta de carinhos?!
To amando isso!
É maravilhoso perceber que não estou sozinha, que esta felicidade não é só minha.
O novo papai também está assim. Me cuidando muito, sorrindo muito, falando muito.
A conseqüência é que eu fico ainda mais feliz!
E gente feliz espalha isso...
Então quero sair muito prá rua, prá sorrir bastante e espalhar por aí sorrisos!
Fico olhando prá casa e imaginando como será mais tarde, com cheirinho de bebê, com coisinhas de bebê... Até com chorinho de bebê, porque a vida não é só moranguinho...
Sei que não é fácil e que vou ter que ser multimídia, mas se todas as mulheres conseguem, eu não vou ser diferente. E quero ter competência neste cargo. Quero ser boa nisso. Vou me esforçar bastante, vou até pedir socorro porque não sou de ferro, mas vou conseguir.
E não estarei sozinha nunca, tenho ajudantes empolgados e muito bons nisso.
“Vamo que vamo”...

sábado, 23 de maio de 2009

Quidim com salame...

Ainda não senti nada que se possa chamar “desejo de grávida”, mas estou achando ótimo poder comer as esquisitices que sempre gostei sem problemas. Sempre achei muito bom misturar doces com salgados.
E cada vez que fazia alguma mistura dessas escutava algum comentário da oposição.
Hoje fiz uma deliciosa. (há quem discorde, mas gosto é que nem *#, cada um tem o seu).
No meio da tarde deu uma vontade de comer quindim – e isso não é desejo não, é vontade mesmo, desejo é de comer tijolos ou sabonete...
Claro que ninguém seria doido de contrariar um pedido de uma grávida, e lá fomos nós para a melhor padaria.
Chegando lá enxerguei aquela bandeja de quindins bem amarelinhos, uma pintura!
Logo no balcão do lado estavam os frios. Dei uma olhadela e enxerguei os deliciosos salames italianos. “Moça, por favor, duzentos gramas daquele ali!”
Em casa não tive dúvidas: quindim e salame italiano. Não misturados, claro. Mas o doce e depois o salgado.
E o melhor: ninguém tentou evitar nem questionar.
Desculpem, mas não tem como não usar este argumento perfeito como desculpa para minhas preferências um tanto questionáveis.
Comi bem feliz da vida, fechando os olhos para saborear... que delícia!
:-D

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Só mais 10 minutinhos...


Fazia tempo que não lembrava dos sonhos que tinha a noite. Achava que não sonhava. De uns dias para cá tem acontecido tanto que lembro dos sonhos quando acordo. E como tenho dormido! E como tenho sono!
Será que gravidez dá sono? Mais ainda?
Cedo da noite já estou caindo, é só deitar e já estou sonhando. Está bom demais!
Bom, pensando um pouco isso tem lógica. Talvez porque daqui a alguns meses noites assim de sono profundo e tranqüilo farão parte do passado. Dizem que depois que se tem um filho nunca mais se dorme uma noite inteira. Será mesmo? Ai que medo...
Enquanto isso não acontece eu vou é aproveitar isso tudo e muito!
Ei, quando sair, apaga a luz tá...

terça-feira, 19 de maio de 2009

Uuuurrrrggghhhhhttt....

Pensava mesmo que algumas coisas não aconteceriam comigo... me enganei.
Hoje acordei muito cedo e já não conseguia mais ficar na cama. Uma azia, uma sensação terrível, queimava. Nenhuma posição fazia aliviar, nada que pudesse pensar em comer me agradava. Saí andando pela casa, fui prá rua,sentei na rede, fiquei parada olhando pra nada, esperei, voltei pra cama e lá fiquei, sentada por um tempão. Mais um pouquinho acho que eu choraria (não riam porque não tem graça). :-/
De repente "essa coisa" deu uma trégua e consegui pegar no sono.
No almoço não tinha fome e a tarde comi maçã como antes comeria um chocolate branco: De olhos fechados e fazendo huuuuuuuuuuum... Nunca antes tinha achado tão boa uma maçã.
Coisas estranhas acontecendo.
Falta de vontade de comer as coisas que antes comia sem nenhuma educação e frutas agora me parecem docinhos, me babo só de olhar. Eu dou risada disso!
O tal enjôo é que não achei nada engraçado. Que ele não apareça mais! Não é bem vindo...

Só começando...

E de repente coisas simples se tornam especiais. Mesmo ainda sendo cedo demais para mudanças algumas coisas eu já consigo perceber.
A primeira delas não foi tão boa. Na fase das espinhas passei por elas despercebida, agora elas vieram e parece que decididas a cobrar o atraso. Minha pele que antes causava até certa inveja por ser efeito photoshop agora ta mais para um Chokito.
A segunda até que por enquanto está bacana. Tentei descobrir um jeito mais delicado para descrevê-la, mas faltaram palavras. Afinal este blog tem tema definido e neste tema naturalmente tamanhos aumentam, e nem tudo fica assim tão dentro dos padrões de beleza. Retomando a segunda mudança...
Parece até que coloquei silicone!
Tudo bem, eu não sou nem nunca fui do tipo “despeitada”; mas eu estou até triste com a chegada do inverno, porque agora eu usaria aquelas blusinhas frente única bem feliz da vida... o que me preocupa é pensar em como ficará. De repente faço algum contrato com a Parmalat...
Enfim, como já me sinto diferente espero as diferenças o tempo todo.
Tomar banho deixou de ser automático, agora me olho, não tenho pressa, sei que é cedo mas garanto: eu vejo tudo diferente.
Quero ainda mais cremes, todo aquele cuidado de passar óleo, quero tudo isso.
Estar de férias é muito bom, mas saber desta novidade maravilhosa no dia da viagem já marcada para Porto Alegre está apressando o fim do passeio. Está ótimo aqui, mas eu não faria esta história encantada sozinha, estou com saudades do novo papai. Certamente novos sentimentos apareceram para ele também, e quero estar perto. Nem tivemos tempo de curtir.
E novidade é novidade, a gente quer aproveitar cada segundo.
Quero muito!

domingo, 17 de maio de 2009

Guloseimas e gulodices

Sempre soube o que faz bem e o que é bom. E a diferença entre essas duas coisas é enorme.
Gorduras trans, refrigerante, pizza, cachorro quente, chocolate, cervejinha, porção de fritas, pacotes de salgadinhos e madrugadas em claro... As madrugadas até que já estavam em extinção e eu já tinha acostumado.
De repente me vejo pensando em comer pouco, mas muito bem. Sim, pensando em comer bem e não o “bom”. Comer bananas, maças, uvas, o mínimo possível de pães e nada de refrigerantes, menos ainda de álcool.
Como nada pode ser simples assim, o primeiro final de semana após a descoberta tem baladinha, em casa, mas é festa.
Festa ou baladinha = música alta, galera dançando (e muito), cervejas geladas, luzes piscando, muito frio em Porto Alegre e madrugada.
Resisti bravamente e feliz da vida. No copo suquinho de morango. O pessoal chegando e vindo e abraçar, me desejar felicidades... Me senti demais, a boca lá nas orelhas!
Dancei sim, mas me contive, fiquei é com medo de abusar. E quando a madrugada tomou conta, saí à francesa. Ainda não sei o que se pode ou não fazer, e sei lá né... se fosse eu quem estivesse em um lugar aconchegante e quentinho não iria gostar de dançar funk. (sim eu fiz isso, mas por favor não espalhem, a alegria era tanta que perdi os critérios!)
Pelo tardar da hora eu já estava com fome e, se pensasse só em mim devoraria a primeira besteira que encontrasse. Como agora pensar só em mim já faz parte do passado, comi três uvas e me convenci que já era o suficiente. Daí sim, pijaminha e cama. Não sem antes o pensamento voar longe e me enfeitar a cara, agora cheia de espinhas, com um sorrisão!
E agora é assim, quero saber de sucos, frutinhas, comidas que alimentam, porque não é só para mim, porque agora não tem o regime que em alguma segunda-feira vai começar, agora é para nós dois. Agora é por este anjinho que está aqui. Então eu vou fazer o que tenho que fazer, e não vai ser ruim, não vai ser chato.
De repente não estou a fim de pizza, de repente adoro beterraba!
De dois dias prá cá sou geração saúde desde criancinha...

Um passeio no shopping.

E muda o foco. Ao invés do olho comprido para as lojas de informática e surf shops só via roupinhas de bebê, creme para o corpo tipo “maternitté”, revistas de futura mamãe e crianças correndo. Até na Grêmio Mania tem roupinhas de bebês... claro né, porque pai e mãe servem prá ensinar coisas boas, valores para os filhos. Tem que saber desde cedo o que é time! Hehehe...
Na banca de revistas descobri uma mina de informações muitíssimo necessárias, já que sei que vou ter que estudar muito sobre isso.
A parte ruim foi quando fui comprar calcinhas. Tá isso não é poético, mas poxa, toda mulher precisa comprar calcinhas oras! Até então comprava daquelas bonitinhas, lacinhos, fitinhas, e o tamanho, ah... tinha que ser mini de preferência. Na pior das hipóteses algodão para ser confortável. Daí vem a mãe (ou neste caso a nova vó) e me diz: “Acho melhor tu comprar G porque logo em seguida já não vai te servir mais.”
Dei uma olhada nas tais G. Caramba. Ela tinha razão, mas isso não é simples como parece. Comprei né... com certeza esse é só o primeiro passo meio esquisito de uma série.
Daí então a parte boa. O setor de roupinhas de bebês. Os pensamentos a milhão, prá tudo que olhava imaginava alguma coisa muito bacana.
A vovó que queria ser a primeira a dar presentes já comprou roupinha e meias.
E que coisinhas mais lindinhas! E pequenas! Vestir bonecas era fácil, mas pensar que alguém de verdade vai caber ali dentro e que eu é que vou ter que vestir assusta! Imagina só alguém tão pequeno! Que difícil, e que maravilha, que encanto!
FÊ liz.

sábado, 16 de maio de 2009

A descoberta

Imaginar eu até que imaginava... mas pensei que mais uma vez era só o meu desejo tomando conta do meu raciocínio lógico.
Fui deixando o tempo passar, tentando esconder a ansiedade e pensando: “Nada a ver! Tenho que controlar! Todo mês é essa contagem...”
Não agüentei e, no dia 13 de maio, quarta-feira, comprei o exame de farmácia. E, para minha surpresa, as duas faixas ficaram cor-de-rosa.
COR-DE-ROSA = POSITIVO.
“Não... de repente isso aqui não é confiável... amanhã faço um exame de sangue prá ter certeza. Não tenho que me iludir.” E doida prá sair berrando aos quatro ventos : “Estou grávida!!!”
Claro que não escondi de todos, e o maridão já soube também.
Uma noite em claro, tentando conter a imaginação sem muito resultado e o dia amanheceu com chuva. Quando ela deu uma trégua lá fomos nós prá fazer o tal exame.
“O resultado sai as 21 horas.” Diz a atendente.
E nunca as horas demoraram tanto a passar.
Resultado na tela: POSITIVO.
Enfim... MAMÃE e PAPAI. Suei frio e daí entendi que era prá valer.
Entendi então algumas coisas estranhas que vinham acontecendo. Uns dias antes comentei que me achava mais bonita, um bife delicioso me deu azia um dia inteirinho, meus seios doíam estranhamente e ia no banheiro toda hora (culpando, é claro, o excesso de chimarrão).
Já tinha a passagem comprada prá mesma noite para ir a Porto Alegre. Então tchauzinho prá quem fica e subimos no ônibus. Sim, subimos. Eu e esta nova vida que agora está aqui comigo.
Depois de um bom tempo de viagem dei-me conta de que estava imóvel com os fones nos ouvidos, olhando prá rua e sorrindo, meio boba. Tive que rir de mim mesma.
Até que me viro bem com as palavras, adoro escrever, mas não há como explicar o que senti. Não há como explicar o que sinto.
Sou, de repente, super poderosa e muito sensível, estou linda e cheia de espinhas que nunca tive antes, estou confiante e cheia de medos, feliz e apavorada; tudo ao mesmo tempo.
Vou tentar escrever aqui todos esses sentimentos mistos, toda essa loucura maravilhosa e indescritível.
Tentarei também não escrever textos longos demais, mas isso é tão difícil. Há mesmo muito prá dizer.
ABSOLUTAMENTE TOTALMENTE ENCANTADA E FELIZ!!!
Até mais...